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29 de abril, de 2021 | 17:26

Pedrinho assume a presidência do Social

Yago Cardoso
João Pedro conta com o apoio da comunidade fabricianense para retornar o Social à Terceira Divisão do Campeonato MineiroJoão Pedro conta com o apoio da comunidade fabricianense para retornar o Social à Terceira Divisão do Campeonato Mineiro

Alegando motivos pessoais, o presidente do Social Futebol Clube, o ex-prefeito de Coronel Fabriciano Francisco Simões, solicitou licença por tempo indeterminado do cargo, iniciativa apresentada e aceita pelo Conselho Deliberativo da agremiação. Com isto, quem automaticamente assumiu o comando do clube fabricianense, que em outubro próximo completará 77 anos de fundação, é o vice-presidente João Pedro da Silveira Neto, o Pedrinho, de 55 anos, que está no clube há três décadas, onde atuou em todos os setores.

João Pedro já comunicou ao Conselho Deliberativo que completará o mandato de Chico Simões, que expira ao fim deste ano. Além de vice-presidente, Pedrinho ocupou a diretoria de futebol desde o início dos anos 2000, quando o Saci disputou todas a divisões do Campeonato Mineiro – esteve na 1ª Divisão em diversas oportunidades, caiu ao Módulo B e, por último, retornou, em 2018, à Terceira Divisão. Naquele ano, alegando falta de condições financeiras, o presidente Chico Simões comunicou à Federação Mineira de Futebol (FMF) o pedido de licença das atividades. Para retornar, o clube deve fazê-lo por esta última divisão de profissionais do futebol mineiro, o que ainda não está confirmado para este ano.

Apoio da comunidade

Entrevistado pelo Diário do Aço, Pedrinho afirmou que trata-se de um grande desafio, que entretanto irá buscar manter viva a história do Social, que se confunde com a do município de Coronel Fabriciano.

“Assumo com a certeza de que trata-se de um desafio enorme, talvez o maior de minha vida. Embora conhecendo a história e a realidade do Social e tendo acompanhado todos os presidentes que passaram por aqui nesses quase trinta anos, sei que terei que me desdobrar para novamente inserir o clube na realidade de Coronel Fabriciano. O Saci é parte da história, é um símbolo de todos os fabricianenses, vou, num trabalho em equipe, fazer de tudo para resgatar este orgulho. Por isso, conto com o apoio incondicional de todos os segmentos da comunidade fabricianense, pois o Social pertence ao povo da cidade. Se todos abraçarem o projeto, a tendência é conseguirmos nosso objetivo principal. E qual é esse objetivo? Retomar o futebol profissional, porém hoje não podemos marcar uma data para isto ocorrer”, frisa João Pedro da Silveira.

Profut

Embora o Social não tenha nenhuma ação trabalhista tramitando ou tendo que ser quitada, o clube não dispõe de recursos imediatos para o retorno ao profissionalismo. O entrave é o débito com a Receita Federal, com a qual tem um compromisso mensal da ordem de R$ 65 mil desde que aderiu ao Profut, há seis anos, o programa de refinanciamento de dívidas junto ao Fisco federal. Ainda faltam quatorze anos para a quitação desta dívida, contraída no início dos anos 2000, quando um parceiro que utilizou o nome do clube para realizar um dos famosos Bingões à época não quitou os impostos e tampouco honrou quando iniciou-se o processo de execução desta dívida. Somente em meados da década passada é que houve esse acordo para a regularização, quando o passivo, com juros, multas e demais penalidades, estava dezenas de vezes maior do que o valor no início do processo.

O objetivo da diretoria é, por meio judicial, buscar uma renegociação desse valor pendente, a fim de que o clube possa desembolsar uma quantia menor mês a mês e assim “fazer caixa” para o departamento de futebol. O Social dispõe de dezenas de lojas comerciais no entorno do seu estádio Louis Ensch, que geram em torno de R$ 80 mil por mês. Além dos R$ 65 mil do Profut, há outro compromisso mensal de R$ 5 mil com um dos ex-presidentes, que aportou dinheiro no clube e atualmente recebe parceladamente o valor.

Recursos

O presidente socialino acredita que, a partir deste anúncio oficial de um novo comando, os parceiros tradicionais da agremiação irão retornar, além de atrair novos investidores.

“O Social é uma marca que agrega, que traz retorno para todo comerciante, seja de Coronel Fabriciano ou não. Quando dentro de campo as coisas vão bem, melhor ainda. Assim tem sido em nossa história”, afirma Pedrinho.

Por ora, o Social deverá reativar sua categoria de base, com escolinhas e possivelmente infantil e juvenil, bem como o futebol feminino. Há, ainda, a possibilidade de se inserir nas competições regionais de Fut-7, tendo em vista um espaço apropriado construído em anexo ao seu estádio.

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Comentários

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Apolo Moreira Izaias

30 de abril, 2021 | 12:14

“Boa sorte Pedrinho....concordo em gênero, número e grau...tenho certeza q muitos apoiadores retornarão, agora. Certíssimo o clube em apostar na categorias de base. Pode estar ai o pulo do gato,para a redenção, conforme já lhe disse pessoalmente.”

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